O homem acabou

o mundo precisa de um tempo

E nós de um olhar pra dentro

Prioridades, esquecimentos

De onde vem as vontades 

e os julgamentos

O clima geral anda tenso

Faço e não penso

A mente dispara a bala 

quem foi tá na cara

A metralhadora da fala 

me tralha

A vala voltou 

o falo na mão da nação 

faz fricção

As vulvas viúvas, 

o homem acabou

Preciso saber quem sou...

Ideia

 Quero te dar a luz

Ideia sublime
Que a razão conduz
Serena e firme
O cordão de Teseu
No breu dos labirintos
O sol no coração
E a lua na mão

Quero tornar possível, bebível

A água do rio
Quero fazer a mais pura mistura 
Qe o mundo já viu

Letra músicada

pALhaÇo

O paqlhaço é tão bonito

Seja preto, branco, augusto
Vendo os olhos e acredito

Rio tanto desse susto

Quase afogo de alegria
Gargalhada de três voltas

Que desmonta a vilania
Encanta, surpreende, solta

Faz pular na poesia
Nessa dança, gesto, riso
Rio do pé, nariz, chapéu

Rio da cabeça vazia
Flores de luz paraíso
Vindas lá do beleléu

The End

Você não tem coração
Nem percebe ser assim 
Quer sempre estar com a razão
Num raciocínio sem fim

E desfere golpes pra todo lado
E prefere ferir-se e ferir sem cuidado
Sete pedras na mão, os olhos fechados
Vidrados para dentro de ti

Você não conta até três
E nunca quer nem saber
Explode sempre de vez
Somente a solidão quer você

Sempre o mesmo discurso recorrente
Ressentindo-se, querendo punir
Por motivos nunca bem transparentes
Se comove, com pena de si

Sinto muito meu bem, ouça por favor
A vida não é bem assim 
Se não vemos além, se não tem amor
Então chegamos ao fim

The end